
O politicamente incorreto está na moda. Os humoristas brasileiros que o digam! Basta dizerem que seu humor é “politicamente incorreto” para pensarem que são engraçados. Casseta e Planeta, Zorra Total, Pânico e tantos outros entram neste grupo que, sabe-se lá a razão, ainda aposta na disseminação do preconceito para fazer rir. Uma fórmula tão velha quanto sem-graça.
E não são só eles. Propagandas de cerveja ainda insistem em associar mulher gostosa a cerveja, como se não houvesse público feminino que consome o produto. A polêmica da cerveja Devassa no último mês é um exemplo interessante. Setores da sociedade em defesa da mulher reclamaram, o CONAR (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) agiu, tirou do ar o anúncio de TV, os marqueteiros da Devassa zombaram da determinação e lançaram uma propaganda pior do que a primeira. Infelizmente, poucos perceberam que a objetificação da mulher não estava no anúncio, mas no nome da cerveja. Para retirar a “piada” machista incrustada da campanha, só refazendo uma identidade formada e, agora, solidificada. Impossível.
Quando o debate morreu, quem ficou com o filme queimado foram os grupos defensores da imagem feminina. De tanto defenderem a igualdade, o correto virou sinônimo de chato, careta, sem-graça. Quem defende os direitos das “minorias”, então, virou vitimista, chiliquento e rebelde-sem-causa. Afinal, levam a sério brincadeiras inocentes, como piadas homofóbicas, racistas, machistas e xenófobas, se incomodam com propagandas preconceituosas e todo tipo de conteúdo que reduz mulheres a objetos, gays a pseudo-mulheres, negros a ladrões, e assim por diante.
Mas que tipo de mundo os politicamente incorretos querem, afinal? Talvez eles tenham a esperança de que, mesmo colocando o dedo na ferida dos outros, esse machucado se cicatrize sozinho. Eu prefiro ser chata, careta, enfim, politicamente correta, pois ninguém vai colocar o dedo na minha ferida.
E não são só eles. Propagandas de cerveja ainda insistem em associar mulher gostosa a cerveja, como se não houvesse público feminino que consome o produto. A polêmica da cerveja Devassa no último mês é um exemplo interessante. Setores da sociedade em defesa da mulher reclamaram, o CONAR (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) agiu, tirou do ar o anúncio de TV, os marqueteiros da Devassa zombaram da determinação e lançaram uma propaganda pior do que a primeira. Infelizmente, poucos perceberam que a objetificação da mulher não estava no anúncio, mas no nome da cerveja. Para retirar a “piada” machista incrustada da campanha, só refazendo uma identidade formada e, agora, solidificada. Impossível.
Quando o debate morreu, quem ficou com o filme queimado foram os grupos defensores da imagem feminina. De tanto defenderem a igualdade, o correto virou sinônimo de chato, careta, sem-graça. Quem defende os direitos das “minorias”, então, virou vitimista, chiliquento e rebelde-sem-causa. Afinal, levam a sério brincadeiras inocentes, como piadas homofóbicas, racistas, machistas e xenófobas, se incomodam com propagandas preconceituosas e todo tipo de conteúdo que reduz mulheres a objetos, gays a pseudo-mulheres, negros a ladrões, e assim por diante.
Mas que tipo de mundo os politicamente incorretos querem, afinal? Talvez eles tenham a esperança de que, mesmo colocando o dedo na ferida dos outros, esse machucado se cicatrize sozinho. Eu prefiro ser chata, careta, enfim, politicamente correta, pois ninguém vai colocar o dedo na minha ferida.
5 comentários:
Eu também me faço a mesma pergunta: que mundo os politicamente incorretos querem, afinal? Só se for um mundo em que não haja mais necessidade para erguer bandeiras contra injustiças, discriminações etc. Um mundo em que o politicamente incorreto seja apenas um faz-de-conta, somente uma piada sobre o modo ridículo como costumávamos pensar num passado distante. Ótimo texto, como sempre! Escreva mais! Beijões!
Oi Lu é minha primeira vez aqui e estou adorando.Sobre o texto e especificamente sobre a propaganda da cerveja Devassa, eu me coloquei a pensar: é melhor ou pior ver a louca da Paris Hilton se insinuando no comercial ou fazer a apologia ao vício de beber alcoólicos?
Este é o Mundo dos nada politicamente corretos e sim de hipocrisia que faz bem a somente aquele que não querem enxergar.
Beijo de luz e paz no coração!!!
Você tem muita razão quando fala que o problema da cerveja Devassa não é simplesmente a propaganda, mas toda a ideia da marca. Nome, slogan, tudo é realmente machista.Não entendo como essa estratégia pode dar certo, já que há tempos a cerveja é consumida tanto por mulheres quando por homens.
Boa sorte pra você ai em Sampa!
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